domingo, 18 de outubro de 2009

Festa do Ipeté

Mesmo distante de suas raízes que lhe fizeram sair da situação de botão
a flor resiste, viva, dentro do jarro, desde que a água seja limpa.

De pouco a pouco cada átomo de oxigênio é sugado pelo caule.
Devagar, as cores, o aroma e a vida,
persistentes, acabam.

Murchando, o belo fica feio (Ijimu!)
cabendo à água se deixar apodrecer.
Exceto, se lhe trazem novos ares
ou se o jarro é o rio.

E não é esta a história que contamos de Oxum?
Ora iê iê ô!
(MB)